Há uma diferença abissal entre dois tipos de pessoa, e a diferença diz respeito à vocação.
As do primeiro tipo tem vocação pra serem felizes, enquanto que as do segundo estão na contramão disso.
Ao primeiro grupo não importa o clima: se chove, se está frio, calor demais, se a garoa aconteceu de repente, ou se neva onde chegaram.
Já os do segundo, começam o dia reclamando de qualquer que seja a cor que enxerguem pela janela, e seguem o dia reclamando; do cinza, do azul, do rosa ( ah o rosa do final da tarde é da poluição…).
Os do primeiro grupo, sabem que as pessoas são diferentes; umas chatas, outras agradáveis, outras sizudas circunspectas, reflexivas, e há as alegrinhas, as descompromissadas, as fúteis e as profundas, as educadas e as nemtanto, e sabem conviver, desfrutar, conversar, conviver, relacionar-se.
As outras não. Simplesmente não aceitam ninguém que não se somem a elas pra reclamar do próximo.
As primeiras gostam do que fazem, amam seu trabalho, se empenham em excelência, têm primor, preciosismo, e se acaso não gostam, procuram algo pra gostar, nem que seja o salário do final do mês, ou então, pedem a conta, vão fazer outra coisa na vida.
Aquelas com vocação pra infelicidade reclamam, reclamam, reclamam…
Reclamam do chefe, falam mal dos colegas de trabalho, acham que o horário, a distância são castigo a algo que elas definitivamente não fizeram. Que o vale-isso ou aquilo não vale o que representa.
Não há nada, absolutamente que seja positivo.
E o namorado(a) então… Se é que têm…
São ingratos(as), não lhes dão valor, não reconhecem a preciosidade que têm nas mãos.
Sim porque elas, essas pessoas infelizes não se reconhecem como valiosas,
mas exigem que o mundo o faça.
Se o companheiro (a) gostam de sexo, é porque são insaciáveis,
se são mais sossegados (as), merecem o chifre: “quem mandou…”.
Se são ambiciosos, é porque são uns capitalistazinhos arrogantes, caso se contentem com o que têm, é porque “amam ser um ZéNinguém”.
Não há saída. Até o dia que esse ser ingrato, cego ao que tem em mãos, insolente, arrogante, desprezível, se vá..
.Aí o choro e ranger de dentes vem por outro motivos, mas não para. Não, não cessa jamais.
Os que tem vocação pra infelicidade não sabem lidar com doença; desde uma simples gripe a algo mais sério.
É a poluição, o stress ( que elas se autoprovocam, é claro! ), os outros, osoutros, os outros.
Já as do outro time, tomam lá seus antigripais, seus florais, sua quimioterapia , não tornando a vida ao redor um inferno.
Não! Não sou Poliana,, nem tenho seus óculos,
e reclamo, reclamo da sujeira que fica na praia, do abuso, da falta de educação, das invasões, da ignorância exaltada,da apologia da mediocridade, da falta de bonsenso, das músicas altas, dos celulares no cinema, no teatro, na minha mesa de jantar, das moscas, do lixo, da tv, do nome que deram ao mascote da copá…
Ops… acho que sou do segundo grupo…Ou não?