Aprendi o termo com André, um querido amigo que esteve meditando em Ibiza ( pobre André…) por algum tempo, e trouxe tal termo de lá, dos espanhóis.
Ensinou-me André, entre tantas coisas, que “Es lo que hay” é bem usado por lá.
Você pega o tomate, e diz que está muito maduro… “Es lo que hay”… Diz que Madri é muito quente; “Es lo que hay”… e assim por diante.
Eu uso o É!
Está até no meu segundo livro “Me, Mim, Comigo”.
Do “É!”ninguém escapa! É e pronto; “Es lo que hay”; enfrente!
Como nos falta isso…
A noção de que há coisas que não temos como mudar. A aceitação, sem o véu de Maia.
Você pode esmurrar a mesa, arrancar os cabelos, entrar em depressão, sair, se jogar no poço ( ainda existem?), sair de baiana, rodar a dita cuja, gritar, tomar Florais de Bach, rezar, penitenciar-se, vituperar ( não resisti ), comer, se empanturrar, fazer o Caminho de Santiago, promessa a São José de não comer chocolate ( se você for mulher, é melhor desistir ).
Você pode até morrer, mas o que é, é! E há coisas que você simplesmente não pode mudar. Faça uma limonada!
Aceite. Renda-se. Capitule.
É o melhor a fazer.
Reza a Oração da Serenidade, rezada em todos os grupos de autoajuda ( a autoria é dada segundo a fonte, e não sei na realidade de quem seja, mas o importante é o que ela reza ):
“Concede-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar;
Coragem para modificar as que posso;
E sabedoria para distinguir a diferença.”
Vivendo um dia de cada vez;
Desfrutando um momento de cada vez;
Aceitando as dificuldades como um caminho para alcançar a paz;
A oração fala de Aceitação, Coragem e Sabedoria, eu quero me ater à Aceitação. Aceitemos nossas limitações, nossa fragilidade.
Aceitemos igualmente nossa força e coragem, nossa habilidade e talento, e regozigemo-nos com eles.
Aceitemos a chuva quando ela cai, o dia cinzento e belo,
o calor infernal dos trópicos.
Saia a caminhar na chuva, mas se tiver medo ou outro desconforto qualquer, apenas a admire sob um toldo, um guarda-chuvas, ou um telhado.
Agradeça ao pai e a mãe que teve, ou não teve, e lembre-se de que o que não mata, fortalece!
Afinal, você está aí, lendo esse artigo; forte, educado, alfabetizado, e vivo!
Mesmo porque, se não dá pra mudar, de que adianta reclamar, chatear os outros, frustrar-se, vitimizar-se?
Aceite sua taça! Mesmo que antes, peça ao Pai que a afaste.
Pegue sua dor, e converse com ela. Entenda-a.
Dance também com sua alegria.
Entristeça-se! Aborreça-se! Alegre-se!; Ria! Gargalhe! Chore! Grite!
Entenda que não és príncipe nem princesa;
Es lo que hay!