G.P.S.

Como fazer, quando nosso G.P.S., está desregulado, desorientado, desnorteado?
Como fazer, quando algo que deveria ser o nosso Norte, se desnorteia?
Como fazer, quando tudo o que pensávamos como sólido se desmorona?
Como fazer, quando estamos perdidos, longe de casa, e não há placas indicativas?
Quando a neurose nos assalta, o medo nos domina, a insegurança nos segura, nos amarra, nos detém, a ansiedade nos devora, a angústia nos imobiliza, o que fazer?
Quando ficamos reféns, e nem sabemos de quê, ou de quem, porque nem podemos ver-lhe a face…
O inimigo não se revela.

Talvez porque more em nós, não lhe enxergamos a face.
Nosso mundo de pernas pro ar, e nós equivocadamente buscamos fora, o conforto do status quo…
…Onde está quem eu era?
Perdida de mim, eu me busco nas entrelinhas do outro. Equivocada persisto; não sou Caçadora de Mim.
Jung disse que não se cura a Neurose, é ela que nos cura, nos dá lastro, consistência. Ou não, no caso de querermos o conforto a qualquer preço; tomando pílulas que vêm com adesivos de sorriso, que grudamos na cara, assim que acordamos. Ou comprimidinhos azuis, portadores da tal felicidade, e tantos outros de tantas outras cores e promessas…

Ou nos curamos, caçamos e nos encontramos, encontramos nosso rumo, nosso Norte, nossa direção e resetamos nosso G.P.S., ou seguimos feito ovelhas…
Sem balir…
Rumo ao despenhadeiro…
Mas “felizes”….