Podemos não gostar de gays, de “bichas loucas”, de “sapatões”, andróginos, héteros, homens, mulheres, crianças, velhos, loiros, negros, japas…
Podemos não gostar de baixinhos, grandalhões, gente estúpida, intelectuais, padres, macumbeiros, gente exibida, de tímidos, de gente de outro partido político…
Podemos não gostar de gaúchos, paulistas, cariocas, nordestinos. Podemos até não gostar de brasileiros.
O que não podemos é desrespeitar a vida.
O que não se pode é maltratar pessoas, vilipendiá-las, espancá-las, matá-las!
O que não se pode é justificar maus tratos.
Lidamos melhor com frutas do que com outros seres humanos; nunca em minha vida, vi alguém machucar um limão só por ser azedo, um tomate por ser vermelho, um chuchu por ser sem graça, mas pululam notícias de maus tratos a seres humanos.
Claro está que as frutas não vêm carregadas de projeção – tudo o que quero ser e recalco, vejo no outro e odeio porque não posso admitir em mim, ou naquele que admiro e não consigo ser como…
Melhor então que deixemos que Deus crie e recrie, afinal Ele é o dono da vida, e a Vida dona de si mesma.
E a melhor religião que se pode seguir é O Respeito à Vida.
Foi Victor Hugo quem disse que cada homem é um livro onde o próprio Deus escreve.
Deixe que Ele escreva à vontade, Não queira apagar com sua borracha ignorante Sua Obra.
Faça de você um Ser Humano; Humanize-se.
Acolha o diferente de você, pois de alguma forma e perspectiva ele é você.
A vida não é banal. ” A raça humana é uma semana do trabalho de Deus”, canta o Gil.
Eu sei que não coloco aqui nada de novo.
Novo é pra quem eu coloco.
Você que já recebeu em sua casa alguém que desqualificou um ser humano, dizendo “também, essas bichinhas afrontam!”, ou “lugar de mulher é na cozinha” e tantas outras bobagens; e que ouviu isto e se calou pelo bem estar social.
É. É pra você que eu estou falando. Pra você que é cheio de preconceito, que não acolhe o semelhante porque sempre quer um igual.
Pra você que não gosta de gente, não gosta de como Deus faz, não gosta da Vida.
Vai crescer!
Em vez de enlouquecer, enloucresça!