Baixa auto-estima, falta de amor próprio, falta de estima…
Todos esses sintomas (sim, são sintomas pois há algo que os constrói), machucam a alma, desonram o ser humano. É triste, bem triste, porque esse sentimento é imã de outros também negativos como impotência, servidão, raiva, sentimentos de vingança…
E tudo começa na infância. Viva Freud!
Nascemos com o nosso jeitão. Próprio de cada um de nós. Idiossincrasia. Mas começamos a incomodar exatamente pela singularidade. Os adultos que nos cercam, dotados da melhor boa intenção do mundo, nos dão seus gabaritos de presente, e aí começa a deformação.
Toda maldade humana é fruto da deformação, do equívoco, do pecado.
Pecado tem sua origem na palavra hamarthia, que significava, perda do alvo, ou seja, equívoco, erro de mira.
Com a intenção de nos educar nos deformaram, nos tiraram da nossa forma, daquilo que era pra sermos.
Aquele que a Natureza dotou de liderança, comando e iniciativa foi chamado de mandão.
A menina suave, delicada foi taxada de fraca.
O assertivo, observador, sagaz, de malcriado.
Nossa perseverança e consistência foi vista como teimosia, a firmeza como intolerância, a curiosidade como xeretice.
Quantas vezes nossas perguntas foram realmente respondidas?
Quanto de cunho moral nas respostas, quando o que precisávamos era apenas saber como funcionava esse mundo no qual tínhamos recém chegado?
Toda nossa dignidade foi vista como arrogância, nariz em pé; pessoa que não se ajoelha diante do poderoso é assim percebida pelo outro.
A criança inquieta, viva, foi vista como arteira. À criativa foi dito que inventava moda; à carinhosa, que era grudenta; à decidida, que com ela era 8 ou 8 mil.
Mas isso pertence ao passado. É bom sabermos como tudo começou para mudarmos nossa rota, nossa história, nossa sina.
Se nossos talentos foram mal interpretados e vistos com maus olhos, nos cabe uma reflexão, e uma releitura.
Se você é um nada, como tua vida terá um significado, um valor?
Vamos lá, buscar nossos talentos enterrados na nossa infância.
Descobrir qual o nosso tesouro. E escancará-lo para o mundo, para nós, para a vida!
E assim, cheios de “si mesmo” vamos andar por esse mundo, não apertando tecla “foda-se” nenhuma, mas apertando a tecla que nos acende.